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sábado, 31 de outubro de 2009

Como domesticar uma Calopsita

Domesticar uma ave pode se revelar uma tarefa frustrante ao início, mas bastante compensatória no final. As aves criadas pelo Homem (criadas à mão) são mais dóceis e não são necessários os métodos que descrevo no artigo que se segue. As aves que não foram amamentadas por nós necessitam de mais tempo (e paciência) para serem domesticadas. Deixo-vos aqui algumas dicas úteis para quem pretende criar uma relação especial com uma ave: Os primeiros tempos - Fazer uma aproximação sempre tranquila e confiante; - assim que a ave chegar a casa, coloque-a na gaiola o mais rápido possível dando-lhe espaço e tempo para se ambiente ao seu novo lar; - durante este período não se aproxime muito dela caso esta não seja dócil, mas permaneça no seu raio de visão e vá falando com ela; - coloque a gaiola ao nível dos olhos, para que não tenha que se inclinar para falar com a ave - os pássaros manifestam receio perante esta atitude; - atribua-lhe um nome porque isso vai ser importante; - sempre que se aproximar da gaiola mencione o nome da ave e fale sempre tranquilamente; - vá assobiando uma melodia igual de forma a que, sempre que a ave ouvir esta melodia fique mais tranquila; - na altura de limpar ou segurar a gaiola, não faça movimentos bruscos; Depois da ave estar habituada à sua nova casa e de estar à vontade com a sua companhia - ao dar fruta, não a coloque logo na gaiola: dê-lha na sua mão, se possível sempre às mesmas horas; - dê algo que a ave realmente goste: isso depende muito da espécie e dos gostos da própria ave. Os papagaios adoram amendoins (mas não exagere). - até que a ave venha realmente comer à nossa mão pode levar semanas, sendo necessário uma enorme paciência e dedicação para não perder a confiança da ave; - NUNCA tente agarrar sem que seja extremamente necessário. Só poderá faze-lo quando a confiança entre ambos for grande. Consolidando a relação - quando a ave já não mostrar medo, acaricie a cabeça ou o peito - sempre com calma e suavemente porque um gesto brusco pode levar tudo à estaca zero; - para que a ave saia da gaiola sem medo ponha uma mão à altura das patas e segure na outra mão um petisco um pouco mais alto, para que ela tenha que utilizar a primeira mão como degrau; - Antes de soltar a ave, não se esqueça de verificar se todas as portas e janelas estão fechadas, de retirar todas as plantas venenosas e certifique-se que nenhum outro animal de estimação perseguirá a ave; - na hora dela regressar à gaiola, use o truque do petisco, mas no sentido inverso; - se não resultar, a melhor forma de capturar a ave (e menos traumatizante) é lançando sobre ela um pano, depois de ter escurecido o espaço.

sábado, 24 de outubro de 2009

Formas de comunicação da maioria das aves:


Formas de comunicação da maioria das aves:

O pássaro regurgita, agita a cabeça e move os músculos do pescoço: A ave está a dizer "quero alimentar-te". Isso significa que você é uma pessoa muito querida e ele quer lhe dar algo especial.As aves costumam regurgitar para os filhotes e o companheiro, e esse é um sinal muito revelador.

O pássaro esfrega o bico no poleiro: Nada especial; indica apenas que o bico está sujo.

O pássaro ajeita as penas: Esta a cuidar da "higiene pessoal", mas apenas faz isso quando se sente seguro e confortável.Se a ave se esfrega em nós, quer lhe dizer algo importante: que gosta de nós!

O pássaro agita as penas: Trata-se de um cuidado para ajeitar as penas. Pode ser que ele se sinta "desarrumado" depois de brincar com o dono ou acordou e está se preparando para o dia.

O pássaro esfrega as duas asas contra as costas: Este não é o melhor momento para aparar as garras ou o bico, pois a ave está a pedir "um pouco de tempo".

O pássaro exibe as asas da cauda bem abertas: É sinal de emoções intensas; ele pode estar feliz ou mesmo bravo.

O pássaro move a cauda lateralmente: Está feliz!

O pássaro baixa a cabeça e curva-se, exibindo as plumas do pescoço: Trata-se de um pedido - "por favor, faz-me cociguinhas".

O pássaro arranca as penas: Sinal de alerta - Está stressado, precisa de cuidados. Algumas aves chegam a depenar-se totalmente, precisam de muita atenção para voltar ao seu estado normal!

Pedir comida: Se o psitacídeo baixa o corpo para a posição horizontal, deixa as asas levemente afastadas do corpo e agita-se diante de si enquanto você come algo.

Fonte: www.naturezactiva.com

Ficha da Espécie.


Ver ficha da espécie:
Nymphicus hollandicus
Comprimento: 30 a 32 cm;
Peso: 85 a 120 g
Longevidade: 25 anos
Maturidade: 12 meses
Incubação: 18 a 23 dias
Postura: 3 a 9 ovos
São nativos da Austrália, onde podem ser vistos na natureza, vivem em regiões áridas e semi-áridas do país.
Ave nómada, costuma voar em bandos acompanhando o ciclo das chuvas, em busca de alimentos. A reprodução ocorre no período das chuvas, pois a criação de filhotes fica ajustada à disponibilidade de grãos e frutos justamente nessa época.

A calopsita é um pássaro que vem conquistando cada vez mais as pessoas pelo seu jeito amigável e interactivo, principalmente quando domesticado. Apegam-se facilmente aos seus donos e reconhecem-nos de longe. Muito participativas e brincalhonas, são alegres e divertidas.

É considerada uma ave sociável, pois convivem bem com algumas espécies menores, desde que instalados em espaço adequado. Podem aprender a imitar a voz humana, mas não são muito exímias nesse aspecto.

A diferença entre os sexos é a intensidade de cores da sua plumagem. Os machos têm a cabeça e as faces predominantemente amarelas, enquanto que as fêmeas quase não apresentam cor amarela. São aves muito resistentes. Pode deixa-las no viveiro ao ar livre, durante o Inverno, desde que disponha de refúgio num abrigo nocturno, protegido das correntes de ar e da geada. Existem actualmente numerosas mutações cromáticas atraentes das espécies selvagens originais (cinzentos), a branca e amarela, calopsitas com tonalidades pastel, malhadas e nacaradas.

Texto e Imagens: Frederico Lisboa para o Mundo dos Animais, 2008